
— É pra ficar grandona, dar um peso na silhueta. Entro em cena toda montada, pareço um travesti da Mooca (bairro italiano de São Paulo onde se passa a trama) — diverte-se a atriz, de 43 anos, que no início estranhou a caracterização: — É que venho de um momento... Fiquei hipermagra e hipercareca há dois anos. De repente, ganhei bunda, peito, cabelo, nossa! Parece um baú da felicidade!
Drica se refere ao tratamento a que foi submetida para curar uma leucemia, que incluiu várias sessões de quimioterapia e um transplante de medula óssea, feito em junho de 2010. Seis meses depois, ela já fazia aparições especiais na TV, mas só agora volta a participar de uma novela inteira — a primeira desde "Alma gêmea" (2005).
— Walcyr Carrasco havia me chamado para "Morde & assopra" (2011), mas eu não tinha saúde para pegar um papel grande, com ritmo de trabalho intenso. Ainda não dava — lembra a atriz, explicando por que topou o convite para "Guerra dos sexos": — Um monte de boas coincidências se juntaram. Uma excelente personagem; a direção de Jorge Fernando, que é um irmão que tenho na TV; o texto da maior qualidade do Silvio de Abreu, com quem eu nunca tinha trabalhado. E agora estou mais forte para enfrentar o rojão de uma novela. Estou preparada.
A história de superação de Drica não é a única do elenco da trama. Seu colega Reynaldo Gianecchini, que será o motorista Nando, venceu drama bem parecido recentemente. Mas, nos bastidores, não houve nenhuma troca de impressões entre os dois sobre a luta de ambos contra o câncer.
— A gente se encontrou rapidamente no estúdio, mas para trabalhar. Os sobreviventes vivem a vida, não ficam cutucando o passado. As coisas estão lá atrás, foram duras, mas estão superadas — assegura ela, admitindo uma pontinha de inveja do novo visual de Giane: — Meu tipo de quimioterapia era bem mais agressivo, então meu cabelo voltou muito ralo, lambido, uma penugem. Acho até que ficaria mais legal se ficasse toinhoimnhoim como o dele, daria um volumezinho. Eu tinha cabelão, sinto saudade dele.
Saudade é o que também vem sentindo Mateus, de 3 anos — mas da mamãe Drica. Por conta do trabalho, ela tem ficado mais tempo longe do filho do que antes:
— Às vezes saio quando ele está no play e, quando volto, ele já está dormindo. Ele então acorda de madrugada e se infiltra na minha cama, para dormir comigo. Isso geralmente não rola lá em casa, mas não tenho como expulsar — admite ela, dando a entender que Mateus terá que se acostumar: — A gente nunca sabe o que vai acontecer, mas voltei pra vida.
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